14 de fevereiro de 2018

Nuvem de mudanças

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Talvez, um dia qualquer, caminhando a esmo com um All Star gasto nos pés em uma rua de São Paulo cujo nome não importa tanto para a história, a gente possa olhar para o céu. E não enxergar as mesmas nuvens que um dia vimos passeando sobre nossas cabeças.
 Porque toda nuvem algum dia precipita. E você precisa estar preparado para a chuva.
 Mesmo se ela venha a ser uma tempestade.
 Na maioria das vezes, ela vem sem avisar, fazendo os cabelos escorrerem no rosto, assim como a água presente nos olhos, a visão vai se tornando turva e o resfriado depois é inevitável. Mas quer saber? É necessário. Como dizem, quem está na chuva é para se molhar afinal. E ela vai embora tão rápida quanto chegou.
 Não vou dizer que no final haverá um lindo arco-íris a sua espera.
 Mas certamente seus olhos brilharão de uma forma diferente. E talvez você não encontre mais os lugares que você antes frequentava e o mapa esteja torto e desconstruído. E talvez você não ouça mais as músicas que você ouvia há uma semana e passe a escrever as próprias notas. Talvez você não ligue mais para as pequenas coisas que te incomodavam tanto e torne a dar valor a grandes coisas que antes eram tão minúsculas ao seu ver. E talvez as únicas pessoas que você quer em volta são as várias versões de você mesmo.
 Apenas deixe esta água de seus olhos por ora evaporar para que um novo ciclo se inicie e outra nuvem de mudanças se forme no céu.

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